23.10.02

22/10/2002 - 19:30 - Palesta Criatividade Publicitária e Novas Tecnologias
Esse seria um post que eu queria ter postado na sexta passada, para ter aquele ar ainda de emoção, e também por não ter sido contaminada por certo eventos.
Aquele dia, passeando sozinha pelo Jardim Botânico, eu me percebi olhando para cima. Uma coisa tão simples, mas que me fez ter pensamentos um tanto exuberantes para aquele momento. Eu tentava conseguir fotos perfeitas, mas quando já se bateu mais de trinta fotos, tudo complica, vira tudo a mesma paçoca. E, então, quando dei por mim, já estava eu com um pré-torcicolo.
Mas, enfim, o que me agarrava a atenção era estar observando o quanto olhamos apenas para frente, o quanto mais temos para ver, coisas diferentes, mas que nos prendemos a apenas ver, é mais fácil, cansa menos e não tem o perigo de adquirirmos um torcicolo. Mas essa dorzinha chata muitas vezes se torna necessária. É preciso arranjar outras maneiras, outros ângulos de se observar a vida, achar as alegrias que não estão a nossa frente, mas às vezes estão pulando, fazendo aquele escarcéu ao nosso lado. E, por pura cegueira adquirida, nos privamos de ser felizes, de dar a mão para aquilo que quer nos puxar do fundo do poçp, da tristeza.
O risco é grande. Às vezes, aquilo que estava tentando chamar nossa atenção nos tira do poço, entra lá, cava mais um pouco, e, por gratidão, o tiramos do poço, e ele vem e nos empurra, para mais fundo, para o mais escuro e frio dos poços.
A água lá é suja, lamacenta, e gruda na pele como se fosse uma leoa protegendo seu filhote, não sai do nosso lado, da noissa volta. A tentetiva é escalar a parede do poço, mas o limo suja e escorrega, e faz com que a queda doa mais, e doa mais.

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